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A importância da vacinação infantil

A importância da vacinação infantil

Como o primeiro fronte de defesa do seu filho, a vacinação infantil é um assunto que deve ser levado muito a sério!

A primeira vacina de que se tem registro data do século XVIII e foi criada para combater a varíola, a maior ameaça à vida humana daqueles tempos. Só no século XX, a doença matou quase 300 milhões de pessoas. Mas, graças à vacinação, a varíola foi considerada extinta em 1984 e assim continua até hoje. Outros exemplos de doenças cuja incidência diminuiu absurdamente desde a metade do século passado são o sarampo, a poliomielite, a rubéola e o coqueluche, causas de milhares de mortes anuais naquele tempo. 

A vacinação foi um avanço tecnológico que só trouxe benefícios para a área da saúde. Entretanto, existe um porém: caso as pessoas parem de se vacinar, essas doenças que estão hoje sob controle podem muito bem retornar com a força que tinham décadas antes e voltarem a ser uma epidemia. A maioria das vacinas que tomamos ao longo da vida se concentram nos nossos primeiros anos, o que nos torna mais fortes para vivermos nossas vidas em sociedade. É por isso que a vacinação infantil é tão relevante, e é sobre ela que falaremos neste post. Venha conosco!

Vacinação infantil para quê?

Assim como os adultos, as crianças precisam se imunizar. Principalmente nos primeiros meses de vida, o sistema imunológico do bebê é muito frágil e precisa ser fortalecido com anticorpos. Como o contato direto com os agentes patogênicos (os vírus, as bactérias e outros micro-organismos) é perigoso para a criança, a vacinação assume o papel de incentivar o corpo a produzir esses anticorpos sem que haja contato com a “verdadeira” doença que prejudique a saúde da criança e que apresente risco de contágio ou ainda risco à saúde daqueles que convivem com ela. 

Portanto, a vacinação é a melhor forma de erradicar doenças e conter a propagação de agentes patogênicos nocivos à saúde. Quem se vacina diminui as chances de contrair doenças e ainda protege aqueles com quem convive. Como as crianças não podem tomar decisões importantes sozinhas, é essencial que os pais assumam esse compromisso de imunizá-las.

As vacinas mais importantes para o seu filho

Aqui apresentamos uma lista com as vacinas mais importantes para as crianças, ou seja, aquelas que não devemos deixar de aplicar nos pequenos se quisermos garantir uma qualidade de vida melhor para eles no futuro.

  • BCG: é a vacina contra tuberculose. Sua aplicação é recomendada ainda no primeiro mês de vida do bebê, mas pode ser aplicada posteriormente também.
  • Hepatite B: é uma vacina de três doses, com um mês de intervalo entre as duas primeiras e de seis meses entre a primeira e a terceira. Sua aplicação é recomendada no primeiro dia de vida do bebê, exatamente doze horas após o nascimento. 
  • Hepatite A: é uma vacina de dose única e que entrou no calendário de vacinação brasileiro em 2017. Sua aplicação é recomendada para crianças entre 15 e 23 meses.
  • DTP/Penta: como o próprio nome sugere, essa vacina protege contra hepatite B, coqueluche, tétano, difteria e infecções causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b. Sua aplicação é em três doses, a primeira sendo administrada no segundo mês e com um intervalo de dois meses a cada dose. Necessita de duas doses de reforço, uma aos quinze meses e outra aos 4 anos de vida.
  • VIP/VOP: é a vacina contra poliomielite/paralisia infantil. Sua aplicação é idêntica à da DTP/Penta, assim como as doses de reforço. Entretanto, as três doses são injetáveis, enquanto as de reforço são em gotas.
  • Pneumocócica 10-valente: essa vacina protege contra dez subtipos da bactéria pneumococo. Sua aplicação é em duas doses, uma aos dois meses e a outra aos quatro meses. A dose de reforço é dada aos doze meses de vida.
  • Rotavírus: essa vacina protege contra infecções gastrointestinais graves. Sua aplicação é feita em duas doses, a primeira no segundo mês de vida e a outra no quarto mês.
  • Meningocócica C: aplicada aos três e aos cinco meses de vida, tem um reforço aos 12 meses. Protege contra a Meningite C, doença que pode causar lesões cerebrais permanentes e surdez.
  • Tríplice viral: é a vacina contra caxumba, rubéola e sarampo. Sua aplicação é feita em duas doses: uma aos doze meses e outra aos quinze meses. A dose de reforço é feita aos 4 e 6 anos de idade. 
  • Febre amarela: sua aplicação é feita em dose única aos nove meses de idade e só requer dose de reforço em áreas de risco.
  • Influenza: é a vacina que protege contra a gripe comum. Requer reforço anual em crianças entre seis meses e cinco anos de idade.
  • HPV: é a vacina contra o vírus do HPV (Vírus do Papiloma Humano), sexualmente transmitido e causador de câncer de colo do útero. Essa vacina é aplicada gratuitamente em meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 12 e 13 anos de idade. O objetivo é proteger as crianças bem antes do início da vida sexual. 

Vacinação infantil contra Covid-19

A questão está de pé: devo vacinar meu filho contra a Covid-19? As vacinas são novas e estão em fase de teste, mas apresentando cada vez menos efeitos colaterais imediatos. Muitos pais se dividem nesta questão, entretanto, em janeiro deste ano, a SAGE e a OMS afirmaram ser seguro e eficaz vacinar crianças a partir de 5 anos com a dose pediátrica da Pfizer-BioNTech, e o Ministério da Saúde anunciou a inclusão das crianças no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO). Assim, as prefeituras seguem fazendo campanhas para a vacinação infantil. 

Apesar da polêmica por trás da eficácia da vacinação contra Covid-19, é preciso ressaltar que manter as vacinas em dia é sempre a melhor maneira de se proteger de uma série de doenças graves e até fatais, assim como de contribuir para o fim da circulação da doença. Entretanto, é preciso ter atenção! A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) informa que as crianças não podem tomar a vacina contra a Covid-19 junto com outras. É preciso aguardar 15 dias para seguir com o calendário de vacinação. 

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